domingo, 14 de abril de 2013

A Tânia entrevista Miguel Torga


  Estamos aqui hoje com Adolfo Correia da Rocha, mais conhecido por Miguel Torga, autor de várias obras como  ‘’Pão Ázimo’’ (1931), ‘’A Terceira Voz’’ (1934), ‘’Bichos’’ (1940), ‘’O Senhor Ventura’’ (1943), ‘’Um Reino Maravilhoso’’ (1941), entre outras.
  Nasceu a 12 de Agosto de 1907, em S. Martinho da Anta, concelho de Sabrosa, Trás-os-Montes. Entra no Seminário, de onde sai pouco tempo depois.
  Com apenas 13 anos emigra para o Brasil e vai trabalhar na fazenda do tio. Mais tarde regressa a Portugal e faz um curso de medicina na Universidade de Coimbra.
  
  Entrevistador- Olá, boa tarde, Miguel. Qual o motivo da escolha do pseudónimo Miguel Torga?
  Miguel Torga- Boa tarde.
Miguel, em homenagem a Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno e  torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho. Encontra-se nomeadamente no Norte de Portugal, onde nasci, e tem tudo a ver com o meu caráter de ‘’homem da montanha’’.
  Entrevistador- Nota-se que tem uma ligação forte com a natureza. Foi sempre assim, ligado ao meio ?
  Miguel Torga- De certa forma sim, cresci no meio rural, rodeado de natureza e é através dessa natureza que eu renovo diariamente a minha escrita.
  Entrevistador- O que significa Trás-os-Montes para si ?
  Miguel Torga-  Trás-os-Montes foi, é e será sempre um dos  meus grandes amores, o espaço físico das minha origens.
  Entrevistador- Já recebeu vários prémios como o Prémio do Diário de Notícias em 1969, o prémio Luso-Brasileiro Luís de Camões em 1989. Qual é a sensação ?
  Miguel Torga- Eu gosto de receber prémios porque é sempre bom saber que reconhecem o nosso trabalho.
  Entrevistador- Para finalizar: será que podia citar uma das suas célebres frases?
  Miguel Torga- ‘’O mundo é uma realidade universal, desarticulada em biliões de realidades individuais.’’
  Entrevistador- Muito obrigado, Miguel, por ter vindo
  Miguel Torga- Obrigado eu pelo convite, foi um prazer !
 
(texto submetido a alterações pontuais)

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